Plataforma DemocráticaUNIFESSPA

Tradicionalmente, as universidades valorizavam a disseminação do conhecimento científico e/ou cultural como a atividade principal, mas com a evolução democrática, o foco educacional mudou para se tornar mais inclusivo e justo. Na região da Amazônia, a defesa da universidade pública reflete a busca por uma educação popular, exigindo uma revisão na política de Ensino-Pesquisa-Extensão da Unifesspa. A escuta por nós realizada destacou a importância de integrar ciência, arte e cultura para fortalecer a universidade, adaptar programas acadêmicos para melhor acesso dos alunos e reestruturar laboratórios e grupos de pesquisa. A expansão da Unifesspa e a aproximação com comunidades locais são consideradas essenciais para uma presença efetiva. No contexto atual, as universidades enfrentam desafios com impacto das tecnologias, globalização e difusão do conhecimento, o que requer reflexão sobre os novos papéis da instituição. A integração entre Ensino-Pesquisa-Extensão é crucial, adaptando-se às demandas da sociedade e promovendo inovações pedagógicas. Assim, a Unifesspa deve ser capaz de promover mudanças coletivas, reforçando a integração entre seus membros e incentivando o diálogo com a comunidade, visando promover aprendizado contínuo e eficaz. O envolvimento de todos os agentes educacionais e a criação de espaços propícios para interação interpessoal são chaves para enfrentar os desafios atuais e garantir a indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão.

O binômio democracia e autonomia é fundamental para orientar as ações da Unifesspa, desde a formação da agenda até os processos decisórios. A concepção de princípios rege a democracia, que está em constante evolução e é construída coletivamente em assembleias. As formas e funções da democracia incluem o diálogo e a concertação de demandas coletivas entre os diferentes grupos sociais da universidade. A participação majoritária dos representantes estudantis, dispositivos para atender às demandas das minorias, democratização do planejamento financeiro e orçamentário, e a ampliação dos espaços presenciais para tomada de decisões também são importantes.

Para garantir uma experiência educacional de qualidade em todos os campi da Unifesspa, é necessário avançar na implementação de uma abordagem inclusiva que atenda às demandas dos alunos, TAEs e professores. Isso requer enfrentar problemas como a atenção à saúde mental dos membros da comunidade acadêmica, administração participativa, infraestrutura física e orçamentária equânime, cultura, esporte e lazer. É crucial uma administração mais adaptada às particularidades locais, com representação democrática dos servidores fora do campus principal e a criação de um núcleo multicampi. Também é importante investir em infraestrutura, cultura, esporte e lazer em todos os campi. Além disso, são necessárias políticas que valorizem a diversidade étnico-racial e garantam o acesso e permanência de alunos de diferentes origens. É fundamental que a comunidade acadêmica receba suporte emocional e que os projetos pedagógicos sejam adaptados às realidades regionais.

O fortalecimento do protagonismo estudantil na Unifesspa requer a disseminação e enraizamento entre a comunidade acadêmica da concepção de que os discentes são agentes ativos em seu próprio processo formativo e na transformação da universidade e da sociedade. Dessa forma, deve-se buscar empoderar os(as) discentes, encorajando-os(as) a participar ativamente da vida universitária, a tomar decisões e a se engajar em atividades extracurriculares. O protagonismo estudantil dever ser fortalecido pelo estímulo à organização autônoma de eventos e projetos, à participação em órgãos colegiados e à defesa dos interesses da categoria. É um title fundamental para a construção da Unifesspa, uma vez que garante aos discentes mais voz e influência na construção de uma universidade mais democrática e inclusiva.

A construção de uma Unifesspa com gestão transparente, inclusiva e participativa requer a promoção de uma cultura democrática, na qual as decisões sejam tomadas levando em conta a opinião e o envolvimento da comunidade acadêmica. Sendo assim, é imprescindível que todas as informações sobre a gestão sejam disponibilizadas de forma clara e acessível para todos os membros da comunidade acadêmica e para a sociedade em geral. As decisões devem ser tomadas considerando a participação ativa e colaborativa da comunidade acadêmica. Deve haver a promoção de políticas e ações que garantam a inclusão e a diversidade, com equidade de oportunidades, e que seja propiciado o diálogo com os membros da comunidade acadêmica na busca da construção de consensos e na resolução de conflitos. É fundamental que haja prestação de contas das atividades e dos recursos, de forma transparente e acessível.

A noção de acolhimento está ligada à substantividade democrática, que requer respeito aos saberes e autonomia de educandos(as) e educadores(as), criticidade e eticidade nas tomadas de decisão, e a possibilidade histórica de mudança. Já a saúde é um direito social e um bem coletivo que envolve bem-estar físico, mental, social e espiritual. Qualidade de vida é a percepção do indivíduo sobre a inserção na vida e envolve saúde, educação, habitação, saneamento básico e outros contextos. A atenção à saúde dos servidores e discentes está relacionada ao cuidado com o profissional, à prevenção e acompanhamento de doenças, impactando na prestação de serviços e na academia. É importante ampliar a participação Foram realizadas mediante a realização de dezenas de reuniões presenciais e remotas e da coleta de demandas, sugestões e propostas por meio formulário de preenchimento online.